quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

A Infância e suas ânsias


- Para que essas olhos tão grandes? - Pra te ver melhor...

- E essas orelhas tão grandes? - pra te escutar melhor, querida...

- E essa boca enorme? é pra te comer melhor, minha netinha...

E o Lôbo a devorou.


Charles Perrault compilou esta história do ideário de uma aldeia francesa no sec. XVII. Não existe um final feliz, nem um moral da história, talvez exista apenas um modo de proteger o universo infantil de um irremediável contato precoce com a própria sexualidade. A paixão pela fantasia sempre começa muito cedo. A psicanálise sente-se a vontade no terreno das narrativas, afinal, trocando em miúdos, uma vida é uma história, e o que contamos dela, é sempre algum tipo de ficção.

domingo, 19 de julho de 2009

A 1a. ferida narcísica do homem segundo Freud

Em Gênesis, primeiro dos livros bíblicos, vemos o seguinte texto: "Façamos o homem à nossa imagem e semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus,sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rstejam sobre a terra. Criou Deus o homem à sua imagem e semelhança... e homem e mulher os criou. E os abençou e lhes disse: Sede fecundos e multiplicai-vos sobre a terra".
Criou-se então no inconsciente coletivo humano, a vaidade de se considerar o centro da criação divina. Tudo ia bem até um homem chamado Copérnico decretar ao mundo: "O Homem não habita o centro do universo nem está sozinho nele, vivemos num pedaço de rocha azul composta de terra e água qu orbita uma modesta estrela estrela numa das míriades de galáxias que pululam no universo.
Neste momento, deu-se o grande psicotapa na face do humano, produzindo-se a sua primeira ferida narcísica, segundo o Pai da Psicanálise, Sigmund Freud.

Um blog que fala da psique

Este é um blog escrito por uma psicóloga com formação psicanalítica, que vai tentar repassar um conhecimento adquirido sobre a psique, o psiquismo humano, conquistado através de excertos de suas vivências em atendimento, sua prática clínica, suas incursões no Real, no Simbólico e no Imaginário, aquilo que circunda o humano.